sábado, 11 de abril de 2009

Show Kiss (Abertura: Libra) 08 - 04 - 2009

Quarta feira, dia 08 de abril de 2009. Depois de um dia de trabalho. É hora de ver um dos maiores espetáculos da Terra, a banda mais quente do mundo, KISS. Fazem longos 23 anos que a banda não toca na cidade.

A primeira visita do Kiss ao Brasil foi em meio a turnê do album Creatures Of The Night. Na época a banda contava com Gene Simmons (Vocals, Bass), Paul Stanley (Vocals, Guitars), Eric Carr (Drums) e Vinnie Vincent (Guitars).

Hoje com um line-up reformulado, Gene Simmons e Paul Stanley voltam ao Rio de Janeiro acompanhados por Eric Singer (Drums) e Tommy Thayer (Guitars). A recente turnê é uma comemoraçao aos 35 anos da banda e uma releitura do album Alive.

A Praça da Apoteose estava com um ótimo público, muitas famílias estavam presentes para ver o show, a quantidade de crianças era surpreendente, boa parte do público também estava caracterizada como os membros da banda, inclusive relembrando a maquiagem da raposa de Eric Carr e o guerreiro egípcio de Vinnie Vincent.

A abertura do show do Kiss ficou a cargo da banda carioca Libra, que faz um som voltado para o gótico, com letras em português. Apesar de ser uma excelente banda, a banda não se mostrou muito a vontade e não foi tão empolgante quanto na abertura do Nightwish. Acredito que não foi uma boa escolha da produção, devido a diferença entre os estilos das bandas.

A banda se desculpou dizendo que foi chamada para abrir o evento ao meio-dia do dia da apresentação mas que mesmo assim ia mandar ver. A banda foi um pouco hostilizada por uma pequena parte do público, foram tocadas músicas do Cd Até Que A Morte Não Separe. Músicas como Sangue Frio, Eu Sei, Eletricidade, Na Minha Pele, Quando o Mundo Acabar, Ninguém Ama Ninguém além do cover de Enjoy The Silence do Depeche Mode. Um bom show mas sem o brilho de outrora.

Com a retirada do material do Libra, é erguido um enorme pano preto com o logo do Kiss em prata, mostrando que era a hora da atração principal. Com a clássica chamada "Allright Rio, You Wanted The Best, You Got The Best, The Hottest Band In The World Kissssss". O pano cai e é rapidamente retirado pelos roadies.

A primeira foi Deuce com efeitos pirotécnicos e o tradicional luminoso com o logo da banda ao fundo, é como ver uma revista de super-heróis ao vivo. Paul Stanley conversa com o público, e Strutter é iniciada seguida por Got To Choose. Continuando com o show, Hotter Than Hell traz Gene ao final com uma tocha em mãos, tendo como fundo muita fumaça e giroscópios vermelhos junto com ensurdecedoras sirenes até que Gene cospe fogo.

Um pouco de conversação com o público e Nothing To Lose se inicia, conforme a tradição a música é cantada pelo baterista, hoje Eric Singer. Logo depois durante a música Parasite começaram os primeiros pingos da precipitação, e então, chuva, chuva forte, logo, grandes poças de agua se formaram e uma pequena parte do público procurou abrigo embaixo das arquibancadas da Apoteose.

A banda pergunta se o público está bem com a chuva e se o show pode continuar normalmente, é óbvio que a platéia disse que sim e mais rock n' roll é tocado, C'mon And Love Me seguida por She foram executadas e ao final veio o solo do guitarrista Tommy Thayer, mantendo o hábito iniciado desde o primeiro detentor do cargo, Ace Frehley, a guitarra de Tommy atira foguetes no meio do seu solo.

Watchin You é a proxima seguida por 100.000 years. Vale lembrar que todas as músicas foram cantadas por todo o público, chegando as vezes a abafar o som dos musicos. Terminada 100.000 Years, Eric Singer inicia seu solo, totalmente técnico e espetacular. O homem gato é erguido com sua bateria e toca a alguns metros do palco, o logo da banda pisca e incendeia o público.

Cold Gin é cantada em uníssono, Let Me Go Rock n' Roll é a próxima. Nada diminuía a empolgação do público, todas as músicas eram cantadas por todos, dava pra ver a excitação da platéia. Eis que Paul Stanley começa a dedilhar Starway To Heaven do Led Zeppellin, e logo o público começa a gritar "Kiss! Kiss!..."em seguida Paul sorri e diz que aqueles eram tempos antigos onde ele estava aprendendo a tocar.

Para fechar o set regular Rock n' Roll All Nite é tocada e a Praça da Apoteose é tomada por uma chuva de papel picado, fantástico, fogos de artifício são lançados e a banda se retira por um breve momento. A banda retorna com Paul Stanley segurando uma bandeira do Brasil. Para agitar ainda mais os cariocas, Paul diz que o show em São Paulo foi bom mas o Rio era o número 1.

Shout It Out Loud inicia o bis, com a platéia cantando até os riffs de guitarra, Lick It Up foi a próxima, e Gene faz seu solo de baixo, Gene simula que está sendo incorporado e começa a cuspir sangue, babando em seu baixo.

I Love It Loud é o próximo clássico e deve ter acordado a vizinhança da Apoteose, I Was Made For Lovin You é a penúltima a ser cantada, e Detroit Rock City vem para fechar o show. Com um bis desses, nenhuma pessoa conseguiria ficar calado ou parado. Mais uma vez a bateria é erguida e fogos de artifício saem por toda a plataforma e pelo palco a sua volta. No fim da música, fim do show, uma enorme quantidade de fogos explode ao lado opsto do palco para que a banda possa sair.

Realmente o Kiss se mostrou como a banda mais quente do mundo, um show incrível que dificilmente veremos de novo, grande show, apesar do impedimento que a chuva criou cancelando o vôo de Paul Stanley por cima do público e o erguimento de Gene Simmons em seu solo. A chuva também causou o cancelamento da música Love Gun.

O público do Rio de Janeiro ganha dois parabéns, um por receber esse show e o outro pela excelente atuação durante o evento. Não houveram brigas, todos se divertiram fazendo uma grande festa de Rock n' Roll.

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