Salve galera da Silvercrow. È uma grande honra fazer este trabalho com vocês, espero que vocês cresçam ainda mais na cena nacional e até internacionalmente, pois têm todo o talento para tal. Bom, vamos começar com uma daquelas perguntas óbvias e clichês.
Como a banda se iniciou e quais foram as influências de vocês tanto na parte instrumental quanto nas letras?
Paulo: Fala galera do Rio Metal, é um prazer bater esse papo com vocês! O Silvercrow existe desde 2001 e o nosso trabalho sempre foi voltado para uma linha mais tradicional do Heavy Metal, com alguns toques de Melódico.
Bernardo: Acho que as maiores influências que podemos identificar no nosso som, de modo geral, são de Iron Maiden e Blind Guardian. Sobre as letras acho que o processo é mais pessoal. Falamos do que estamos sentindo e pensando, tentando encaixar aquilo no contexto e proposta da banda.
Joanes: Essas influências musicais e artísticas se expandem a diversas vertentes do Heavy Metal e da música como um todo. Às vezes a influência não é diretamente musical. Pode ser na forma de se trabalhar os arranjos das canções, na forma de se executar determinado trecho ou passagem ou na forma de desenvolver uma determinada idéia textual. Enfim, utilizamos diversas fontes artísticas.
Como funciona o processo de composição da banda?
Bernardo: Algum membro aparece com a idéia (letra ou algum riff já pronto) e mostra pros outros. Aí vamos dando opiniões e construindo junto as músicas. Às vezes alguém já trás a maior parte da música pronta e só vamos ajustando alguns detalhes no arranjo.
O que representa o “Corvo Prateado” que dá nome à banda e ilustra as capas?
Silvercrow: Silvercrow representa o Deus do Renascimento. Quando não há mais esperanças para a humanidade, ele surge dizimando, sem piedade, tudo o que cause dor, tristeza e aflição. Assim, o Silvercrow promove o retorno da vida e da prosperidade até que, um dia, sua volta seja necessária.
Uma coisa que me chamou muito a atenção na banda foram os trabalhos realizados nas capas dos álbuns. Belíssimas artes. Como foi a confecção das capas e quem teve a concepção das artes?
Paulo: Realmente gostamos bastante das capas. As ilustrações dos dois álbuns foram desenvolvidas pelo designer e ilustrador Alexandre Raad. A concepção visual do Silvercrow também é de sua autoria. A ilustração do 2º álbum foi feito em parceria com o vocalista Bernardo, que também é publicitário e diretor de arte. O conceito de cada capa foi elaborado pela banda, em concordância com o momento e a proposta sonora do trabalho.
Em 2006 vocês gravaram o primeiro álbum auto-intitulado, como vocês vêem o progresso da banda até hoje, visto que se passaram 3 anos para o lançamento do segundo trabalho?
Bernardo: Quando o 1º álbum foi gravado eu não estava na banda, já havia tocado com alguns membros da Silvercrow em outras bandas e até feito uma participação com a própria Silvercrow. Dividimos o palco várias vezes em shows com a minha antiga banda. Sempre admirei o trabalho e o direcionamento deles. Na minha opinião houve uma grande evolução tanto musical (técnica e criativa) quanto de postura, foco, e posicionamento na cena. O som está mais coeso, estamos nos permitindo explorar mais recursos e também buscando uma maior visibilidade do público, investindo mais em divulgação. Evoluímos individualmente e como grupo.
Paulo: Com o lançamento do 1º álbum, muitas portas se abriram. Precisávamos deste material para falar “Olha! Estamos aqui e viemos pra ficar.”. Obtivemos um respaldo muito satisfatório em resenhas de revistas, sites, e-mails de fãs elogiando o nosso trabalho. Isso nos deu motivação para ir em frente e buscar evoluir em todos os aspectos.
Joanes: Hoje estamos mais preocupados e mais envolvidos na busca de melhores timbres para os instrumentos e temos um maior cuidado com os arranjos. O trabalho está mais lapidado e mais apurado. É uma evolução natural.
A banda se apresenta muito em sua terra natal (Minas Gerais). Como tem sido a repercussão fora de Minas? Como as pessoas têm recebido o trabalho de vocês?
Silvercrow: Em 2007 a banda fez algumas apresentações em São Paulo, participando de um festival organizado pela TV on-line paulistana, “TV ROCK”, no programa “Underground”. Chegamos à semifinal, tendo boa receptividade da galera, e nosso desempenho foi bastante elogiado pelos jurados. Agora estamos tendo esta oportunidade de mostrar nosso som no Rio e estamos bastante animados. Tem sido muito boa a receptividade do nosso trabalho dentro e fora de Minas. Enviamos nosso 1º CD para outras regiões do país como Nordeste, Sul, Centro Oeste e até para o exterior. E temos sempre recebido críticas positivas. Esperamos que com o último trabalho apareçam novas oportunidades de tocar fora de Minas e do Brasil.
Qual show vocês consideram o ponto alto (por enquanto) da banda?
Paulo: Cada show é único. Eu acho que o show mais importante para o Silvercrow (até o momento) foi o de lançamento do 1º álbum. Estávamos com o prazo estourado, os CDs não ficaram todos prontos e levamos o que tínhamos para o show. A casa estava lotada, o público agitou do início ao fim. Estávamos tão empolgados que, após o show não sabíamos pra onde ir, o que fazer. Muitas pessoas ficaram conversando com a gente após o show, tirando fotos, pegando contatos para acompanhar o trabalho da banda. Pensamos que não íamos vender nem a metade dos CDs que levamos e no final acabou faltando, hehehe.
Bernardo: Acredito que um show também bastante significativo foi o de abertura do 1º show de divulgação do trabalho solo de André Matos em BH. Foi um show após o qual várias portas foram abertas para a banda, além de permitir acesso a um público maior e mais visibilidade na cena.
O Silvercrow se apresentou na fase do Wacken Battle, e, infelizmente a banda não passou para a final realizada aqui no Rio de Janeiro. Como a banda viu esse resultado e essa chance de divulgação e crescimento? Sentiram vontade de matar alguém (rs)?
Bernardo: Sem dúvida foi uma ótima experiência. Tocamos ao lado de grandes bandas da cena mineira, foi uma honra sermos classificados. Infelizmente não fomos para a final, mas a banda vencedora (Dinnamarque) com certeza mereceu sua classificação. Não tivemos vontade de matar ninguém, hehe, pois tivemos uma ótima receptividade da galera, que nos apoiou, agitou e curtiu muito durante todo o show. A interação foi realmente excelente! Os jurados também foram bastante justos e fizeram diversos comentários positivos e incentivadores. Além disso a participação no evento nos rendeu mais visibilidade e mais pessoas puderam conhecer nosso som. E elas têm gostado muito!
Paulo: Quase todas as bandas que se apresentaram nas eliminatórias do Wacken Battle em Belo Horizonte já eram nossas companheiras de palco, então o clima foi muito tranqüilo, com cada um ajudando o outro. Não houve nenhuma desavença, muito pelo contrário, torcíamos por todas. O ideal seria que todos fossem pro Wacken, hehehe.
Joanes: É muito bom ver o nível das bandas de Minas Gerais e de todo Brasil, e o Wacken Battle é um ótimo termômetro para observarmos isso. A cada dia está mais claro que no quesito qualidade as bandas brasileiras não devem nada às bandas gringas. Com uma estrutura maior e mais oportunidades teremos um cena realmente forte no país, com diversas bandas de qualidade.
Falando em shows, de quem foi a idéia do acústico? Deu muito trabalho rearranjar as músicas? Como foi o trabalho com os instrumentos de sopro?
Silvercrow: A idéia surgiu quando uma amiga do Paulo (guitarrista) comentou de um evento cultural que ela iria promover no Palácio das Artes, casa de espetáculos mais renomada de BH. A estrutura da sala em que iríamos tocar era diferente de todos os lugares que havíamos tocado. Era menor, com assentos, um ambiente mais formal. Decidimos fazer um acústico, até porquê seria uma idéia nova na cena metal da cidade, e mais de acordo com o contexto da casa. Os arranjos ficaram à cargo do Joanes (baterista) por possuir uma maior experiência com arranjos orquestrais. O grupo de cordas e sopros foi convidado para enriquecer o som, visto que o regente Vitor Santana é nosso parceiro, tendo substituído em shows nosso baixista Bruno por algumas vezes. Foi um grande desafio, tínhamos um prazo curto para rearranjar as músicas, ensaiá-las e também familiarizar os músicos com o estilo musical, já que tinham mais intimidade com a música clássica. Foi uma experiência extremamente enriquecedora que mais uma vez gerou boas respostas do público, que lotou a sala.
Joanes: Outra coisa que foi muito legal nessa apresentação acústica foi demonstrar para o público outras faces musicais da banda. O Paulo toca bandolim, eu toco piano, o André é estudante de violão erudito, toca choro. É muito bom pra nós, como músicos, explorarmos diversas formas de expressão artística e incorporamos isso ao som da banda. Estamos planejando fazer outras apresentações desse tipo com mais convidados. É sempre uma experiência enriquecedora, não apenas para a banda, mas para toda a cena musical.
A versão para Tears Of The Dragon ficou impressionante. Um belo trabalho.
Bernardo: Obrigado, também curtimos bastante. Costumamos tocar covers do Bruce Dickinson constantemente em nossos shows. Sua carreira solo é uma grande referência para nosso som e não podíamos deixar esse grande clássico de fora do programa.
Ao que se deve essa energia da banda ao vivo? A movimentação no palco e a interatividade entre a banda e o público são demais.
Bernardo: Procuramos sempre fazer dos nossos shows momentos de troca de energia com a galera. Tocamos porquê gostamos e queremos dividir isso com o público. Além disso, um bom show não se faz só de boa música. Boa música basta quando se escuta um disco. Ao vivo, as pessoas querem ver a banda agindo! Por isso, uma característica marcante da Silvercrow nos shows é a interação. Procuramos nos movimentar de modo a valorizar cada passagem das músicas, cada solo, e estamos sempre brincando uns com os outros no palco, convidando a galera a cantar as músicas, a participar. O show é 50% de quem assiste.
Paulo: Isso se deve muito também às nossas influências musicais. Temos como “professores” bandas como Iron Maiden, Kiss, que fazem junto com o público o show acontecer. Valorizamos quem vai nos assistir e a nossa forma de agradecimento é chamá-los para participar efetivamente do show.
Joanes: Algo que sempre comentamos e discutimos é que existe uma diferença entre apresentação e show. Em uma apresentação, a atenção está diretamente focada na execução musical, e num show tudo está co-relacionado, luzes, roupas, cenário. O foco principal está na música e na banda. Temos muitas idéias pra deixar o nosso show cada vez mais elaborado, mais atrativo para o público. No dia 31 de outubro próximo, a banda se apresentará no Rio de Janeiro.
O que vocês esperam encontrar na “Cidade maravilhosa”? Vocês conhecem a casa onde irão fazer o show? Ela tem uma fama (rsrs), pior atendimento do Rio (rsrs). Mas é um lugar clássico daqui.
Bernardo: Estamos muito animados para esse show. Será uma ótima oportunidade de levar nosso som para os bangers do Rio! Ouvimos falar do Heavy Dutty e sua de fama, hehehe. Mas temos certeza de que os melhores shows e festas do metal carioca passam por lá! O pessoal de lá foi bastante receptivo e agradecemos pela oportunidade de estreitarmos os laços entre a cena mineira e carioca. Esperamos o melhor!
Galera fica aí o espaço pra vocês mandarem um alô e convocar os bangers para o show. É com vocês.
Silvercrow: Obrigado ao Rio Metal pelo apoio, à Flávia, nossa amiga mineira/carioca que providenciou os contatos e ao pessoal do Heavy Dutty! Esperamos todos os bangers no dia 31 de outubro, sábado, no Halloween do Heavy Dutty! Esperamos que vocês curtam nosso som e agitem com a gente! No que depender de nós será um show com muita energia e várias surpresas. E que essa seja a primeira de muitas outras oportunidades pra gente enriquecer cada vez mais o metal nacional. Convidamos todos a visitarem nossa página no Myspace: www.myspace.com/silvercrowband
Até lá! LET THE CROWS FLY!
Como a banda se iniciou e quais foram as influências de vocês tanto na parte instrumental quanto nas letras?
Paulo: Fala galera do Rio Metal, é um prazer bater esse papo com vocês! O Silvercrow existe desde 2001 e o nosso trabalho sempre foi voltado para uma linha mais tradicional do Heavy Metal, com alguns toques de Melódico.
Bernardo: Acho que as maiores influências que podemos identificar no nosso som, de modo geral, são de Iron Maiden e Blind Guardian. Sobre as letras acho que o processo é mais pessoal. Falamos do que estamos sentindo e pensando, tentando encaixar aquilo no contexto e proposta da banda.
Joanes: Essas influências musicais e artísticas se expandem a diversas vertentes do Heavy Metal e da música como um todo. Às vezes a influência não é diretamente musical. Pode ser na forma de se trabalhar os arranjos das canções, na forma de se executar determinado trecho ou passagem ou na forma de desenvolver uma determinada idéia textual. Enfim, utilizamos diversas fontes artísticas.
Como funciona o processo de composição da banda?
Bernardo: Algum membro aparece com a idéia (letra ou algum riff já pronto) e mostra pros outros. Aí vamos dando opiniões e construindo junto as músicas. Às vezes alguém já trás a maior parte da música pronta e só vamos ajustando alguns detalhes no arranjo.
O que representa o “Corvo Prateado” que dá nome à banda e ilustra as capas?
Silvercrow: Silvercrow representa o Deus do Renascimento. Quando não há mais esperanças para a humanidade, ele surge dizimando, sem piedade, tudo o que cause dor, tristeza e aflição. Assim, o Silvercrow promove o retorno da vida e da prosperidade até que, um dia, sua volta seja necessária.
Uma coisa que me chamou muito a atenção na banda foram os trabalhos realizados nas capas dos álbuns. Belíssimas artes. Como foi a confecção das capas e quem teve a concepção das artes?
Paulo: Realmente gostamos bastante das capas. As ilustrações dos dois álbuns foram desenvolvidas pelo designer e ilustrador Alexandre Raad. A concepção visual do Silvercrow também é de sua autoria. A ilustração do 2º álbum foi feito em parceria com o vocalista Bernardo, que também é publicitário e diretor de arte. O conceito de cada capa foi elaborado pela banda, em concordância com o momento e a proposta sonora do trabalho.
Em 2006 vocês gravaram o primeiro álbum auto-intitulado, como vocês vêem o progresso da banda até hoje, visto que se passaram 3 anos para o lançamento do segundo trabalho?
Bernardo: Quando o 1º álbum foi gravado eu não estava na banda, já havia tocado com alguns membros da Silvercrow em outras bandas e até feito uma participação com a própria Silvercrow. Dividimos o palco várias vezes em shows com a minha antiga banda. Sempre admirei o trabalho e o direcionamento deles. Na minha opinião houve uma grande evolução tanto musical (técnica e criativa) quanto de postura, foco, e posicionamento na cena. O som está mais coeso, estamos nos permitindo explorar mais recursos e também buscando uma maior visibilidade do público, investindo mais em divulgação. Evoluímos individualmente e como grupo.
Paulo: Com o lançamento do 1º álbum, muitas portas se abriram. Precisávamos deste material para falar “Olha! Estamos aqui e viemos pra ficar.”. Obtivemos um respaldo muito satisfatório em resenhas de revistas, sites, e-mails de fãs elogiando o nosso trabalho. Isso nos deu motivação para ir em frente e buscar evoluir em todos os aspectos.
Joanes: Hoje estamos mais preocupados e mais envolvidos na busca de melhores timbres para os instrumentos e temos um maior cuidado com os arranjos. O trabalho está mais lapidado e mais apurado. É uma evolução natural.
A banda se apresenta muito em sua terra natal (Minas Gerais). Como tem sido a repercussão fora de Minas? Como as pessoas têm recebido o trabalho de vocês?
Silvercrow: Em 2007 a banda fez algumas apresentações em São Paulo, participando de um festival organizado pela TV on-line paulistana, “TV ROCK”, no programa “Underground”. Chegamos à semifinal, tendo boa receptividade da galera, e nosso desempenho foi bastante elogiado pelos jurados. Agora estamos tendo esta oportunidade de mostrar nosso som no Rio e estamos bastante animados. Tem sido muito boa a receptividade do nosso trabalho dentro e fora de Minas. Enviamos nosso 1º CD para outras regiões do país como Nordeste, Sul, Centro Oeste e até para o exterior. E temos sempre recebido críticas positivas. Esperamos que com o último trabalho apareçam novas oportunidades de tocar fora de Minas e do Brasil.
Qual show vocês consideram o ponto alto (por enquanto) da banda?
Paulo: Cada show é único. Eu acho que o show mais importante para o Silvercrow (até o momento) foi o de lançamento do 1º álbum. Estávamos com o prazo estourado, os CDs não ficaram todos prontos e levamos o que tínhamos para o show. A casa estava lotada, o público agitou do início ao fim. Estávamos tão empolgados que, após o show não sabíamos pra onde ir, o que fazer. Muitas pessoas ficaram conversando com a gente após o show, tirando fotos, pegando contatos para acompanhar o trabalho da banda. Pensamos que não íamos vender nem a metade dos CDs que levamos e no final acabou faltando, hehehe.
Bernardo: Acredito que um show também bastante significativo foi o de abertura do 1º show de divulgação do trabalho solo de André Matos em BH. Foi um show após o qual várias portas foram abertas para a banda, além de permitir acesso a um público maior e mais visibilidade na cena.
O Silvercrow se apresentou na fase do Wacken Battle, e, infelizmente a banda não passou para a final realizada aqui no Rio de Janeiro. Como a banda viu esse resultado e essa chance de divulgação e crescimento? Sentiram vontade de matar alguém (rs)?
Bernardo: Sem dúvida foi uma ótima experiência. Tocamos ao lado de grandes bandas da cena mineira, foi uma honra sermos classificados. Infelizmente não fomos para a final, mas a banda vencedora (Dinnamarque) com certeza mereceu sua classificação. Não tivemos vontade de matar ninguém, hehe, pois tivemos uma ótima receptividade da galera, que nos apoiou, agitou e curtiu muito durante todo o show. A interação foi realmente excelente! Os jurados também foram bastante justos e fizeram diversos comentários positivos e incentivadores. Além disso a participação no evento nos rendeu mais visibilidade e mais pessoas puderam conhecer nosso som. E elas têm gostado muito!
Paulo: Quase todas as bandas que se apresentaram nas eliminatórias do Wacken Battle em Belo Horizonte já eram nossas companheiras de palco, então o clima foi muito tranqüilo, com cada um ajudando o outro. Não houve nenhuma desavença, muito pelo contrário, torcíamos por todas. O ideal seria que todos fossem pro Wacken, hehehe.
Joanes: É muito bom ver o nível das bandas de Minas Gerais e de todo Brasil, e o Wacken Battle é um ótimo termômetro para observarmos isso. A cada dia está mais claro que no quesito qualidade as bandas brasileiras não devem nada às bandas gringas. Com uma estrutura maior e mais oportunidades teremos um cena realmente forte no país, com diversas bandas de qualidade.
Falando em shows, de quem foi a idéia do acústico? Deu muito trabalho rearranjar as músicas? Como foi o trabalho com os instrumentos de sopro?
Silvercrow: A idéia surgiu quando uma amiga do Paulo (guitarrista) comentou de um evento cultural que ela iria promover no Palácio das Artes, casa de espetáculos mais renomada de BH. A estrutura da sala em que iríamos tocar era diferente de todos os lugares que havíamos tocado. Era menor, com assentos, um ambiente mais formal. Decidimos fazer um acústico, até porquê seria uma idéia nova na cena metal da cidade, e mais de acordo com o contexto da casa. Os arranjos ficaram à cargo do Joanes (baterista) por possuir uma maior experiência com arranjos orquestrais. O grupo de cordas e sopros foi convidado para enriquecer o som, visto que o regente Vitor Santana é nosso parceiro, tendo substituído em shows nosso baixista Bruno por algumas vezes. Foi um grande desafio, tínhamos um prazo curto para rearranjar as músicas, ensaiá-las e também familiarizar os músicos com o estilo musical, já que tinham mais intimidade com a música clássica. Foi uma experiência extremamente enriquecedora que mais uma vez gerou boas respostas do público, que lotou a sala.
Joanes: Outra coisa que foi muito legal nessa apresentação acústica foi demonstrar para o público outras faces musicais da banda. O Paulo toca bandolim, eu toco piano, o André é estudante de violão erudito, toca choro. É muito bom pra nós, como músicos, explorarmos diversas formas de expressão artística e incorporamos isso ao som da banda. Estamos planejando fazer outras apresentações desse tipo com mais convidados. É sempre uma experiência enriquecedora, não apenas para a banda, mas para toda a cena musical.
A versão para Tears Of The Dragon ficou impressionante. Um belo trabalho.
Bernardo: Obrigado, também curtimos bastante. Costumamos tocar covers do Bruce Dickinson constantemente em nossos shows. Sua carreira solo é uma grande referência para nosso som e não podíamos deixar esse grande clássico de fora do programa.
Ao que se deve essa energia da banda ao vivo? A movimentação no palco e a interatividade entre a banda e o público são demais.
Bernardo: Procuramos sempre fazer dos nossos shows momentos de troca de energia com a galera. Tocamos porquê gostamos e queremos dividir isso com o público. Além disso, um bom show não se faz só de boa música. Boa música basta quando se escuta um disco. Ao vivo, as pessoas querem ver a banda agindo! Por isso, uma característica marcante da Silvercrow nos shows é a interação. Procuramos nos movimentar de modo a valorizar cada passagem das músicas, cada solo, e estamos sempre brincando uns com os outros no palco, convidando a galera a cantar as músicas, a participar. O show é 50% de quem assiste.
Paulo: Isso se deve muito também às nossas influências musicais. Temos como “professores” bandas como Iron Maiden, Kiss, que fazem junto com o público o show acontecer. Valorizamos quem vai nos assistir e a nossa forma de agradecimento é chamá-los para participar efetivamente do show.
Joanes: Algo que sempre comentamos e discutimos é que existe uma diferença entre apresentação e show. Em uma apresentação, a atenção está diretamente focada na execução musical, e num show tudo está co-relacionado, luzes, roupas, cenário. O foco principal está na música e na banda. Temos muitas idéias pra deixar o nosso show cada vez mais elaborado, mais atrativo para o público. No dia 31 de outubro próximo, a banda se apresentará no Rio de Janeiro.
O que vocês esperam encontrar na “Cidade maravilhosa”? Vocês conhecem a casa onde irão fazer o show? Ela tem uma fama (rsrs), pior atendimento do Rio (rsrs). Mas é um lugar clássico daqui.
Bernardo: Estamos muito animados para esse show. Será uma ótima oportunidade de levar nosso som para os bangers do Rio! Ouvimos falar do Heavy Dutty e sua de fama, hehehe. Mas temos certeza de que os melhores shows e festas do metal carioca passam por lá! O pessoal de lá foi bastante receptivo e agradecemos pela oportunidade de estreitarmos os laços entre a cena mineira e carioca. Esperamos o melhor!
Galera fica aí o espaço pra vocês mandarem um alô e convocar os bangers para o show. É com vocês.
Silvercrow: Obrigado ao Rio Metal pelo apoio, à Flávia, nossa amiga mineira/carioca que providenciou os contatos e ao pessoal do Heavy Dutty! Esperamos todos os bangers no dia 31 de outubro, sábado, no Halloween do Heavy Dutty! Esperamos que vocês curtam nosso som e agitem com a gente! No que depender de nós será um show com muita energia e várias surpresas. E que essa seja a primeira de muitas outras oportunidades pra gente enriquecer cada vez mais o metal nacional. Convidamos todos a visitarem nossa página no Myspace: www.myspace.com/silvercrowband
Até lá! LET THE CROWS FLY!
Nenhum comentário:
Postar um comentário