Noite de terça-feira, e rumamos para o bairro de Botafogo para ver a segunda etapa da primeira fase do 3º Duelo No Saloon. O evento ocorreu na casa Saloon 79 e contaria com cinco bandas, Benedicts, Ayam, Avalanche, Delloria e Cristiane Efe.
Ao chegar a casa, pequena e muito aconchegante por sinal, recebemos a notícia de que a banda Cristiane Efe não iria se apresentar devido a um problema de saúde de um dos integrantes da banda. A abertura da casa foi pontual conforme disponibilizado nos meios de divulgação.
Banda Benedicts
Como se tratava de um “duelo” e o evento ocorrer em um dia útil, os sets de cada banda se limitou a quatro músicas de autoria própria. A primeira banda da noite foi a Benedicts, formada por Guto Navarro (Vocals/Guitars), Fábio (Bass), Thales (Guitars) e João Paulo (Drums), a banda mostrou uma sonoridade crua, calcada no punk e hardcore, a banda conseguiu empolgar e mostrou se bem a vontade no palco.
Banda Ayam
A segunda banda da noite foi a Ayam. Banda de São Gonçalo que atacou com seu som pesado mesclando elementos das vária vertentes do heavy metal. A banda formada por Thiago Frasão (Vocals), Gustavo Marinho (Guitars), Lucas Brum (Guitars), Felipe Damasceno (Drums) Diego de Assis (Bass) foi a única da noite a cantar em inglês e a que mais agitou a galera presente.
Como é a banda que eu conheço de outros shows, devo enfatizar que a presença de palco dos caras melhorou muito e o entrosamento do novo guitarrista com a banda parece ter sido a melhor opção, além de terem abolido os teclados do seu som.
Banda Avalanche
Seguindo a noite vieram os caras da Avalanche com seu rock clássico, pensando de mente aberta foi a banda que mais se enquadrava no local do evento. Os timbres variavam entre Led Zepellin e Audioslave.
Banda Delloria
A quarta e última banda da noite foi o Delloria. A banda é formada por Fabrício Baessa (Vocals / Guitars), Rodrigo Barcelos (Bass), Bruno Site (Guitars) e Rodrigo Badazoni (Drums). A banda fez um pop- rock, a meu ver sem muitas novidades. Talvez a banda que menos mostrou algo novo. São bons músicos, tocam o que gostam, mas soa como um dejá-vu.
Até aí, tudo bem, as bandas tocaram, agitaram o pessoal, cada uma a seu jeito. As bandas eram boas, bebida gelada e boa comida. Votos contabilizados (apenas os pagantes votam no evento), a primeira banda a se classificar para a próxima fase foi a Avalanche por votação unânime do júri. A segunda banda que passou para a próxima fase foi a Delloria por votação do público.
É neste momento que o evento fica com uma cara estranha. A banda que leva mais conhecidos, ou seja, mais pagantes, leva. A banda pode ser boa, mas se ela não levar ninguém ao evento, fica para trás. Não estou julgando quem foi a melhor banda, mas parece injusto esse tipo de situação.
O sistema de repescagem segue o mesmo padrão. No show da sua banda, três pessoas foram e votaram em vocês, vocês são os primeiros, Em uma próxima eliminatória, a banda que levar quatro amigos, passa a sua frente automaticamente.
Foi meio decepcionante ver esse tipo de critério para se avaliar as bandas. Não pelas que não passaram, mas por todas elas. Se eu levo a minha família inteira (que é gente pra cacete) e faço-os irem a cada show meu, eu seria um vencedor mesmo tocando mal. É criada uma ilusão para a banda vencedora também.
Mas enfim, parabéns as bandas classificadas, vocês tem talento e meu respeito e parabéns também as bandas não classificadas pelo material mostrado. Fica aqui meu apelo aos organizadores para mudar a forma de votação do evento para que todos tenham iguais chances. Abraços.
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