Dia 08 de maio, véspera do Dia das Mães, sábadão. O dia amanheceu claro, mas, juntamente com a noite, ia chegando também uma mudança no clima. Uma chuva fina e alguns relâmpagos faziam o cenário para uma noite especial.
Depois de doze anos sem passar por terras brasileiras, eis que o Manowar agenda três datas em solo nacional. Os primeiros a receberem a Death To Infidels Tour foram os paulistas no dia 07. Dia 08 era o dia dos cariocas e dia 09 era a vez dos mineiros.
Não li as resenhas do show em São Paulo, mas fiquei sabendo por alto que o público não aprovou o set-list e havia ficado decepcionado. O caso é que a banda está com um disco novo e precisa divulgar o trabalho; com isso, não sobrou muito tempo no set para os clássicos que todos queriam ouvir. Mas, se vocês tiverem a paciência de ler até o final da resenha deste humilde ouvinte de Heavy Metal, verão que o show foi muito bom, apesar do set não ser o que mais queríamos ouvir.
O City Bank Hall dispensa apresentações, é uma das casas de show mais conhecidas no Rio de Janeiro e recebe todo o tipo de evento. Um fato que me irritou muito com a organização do local foi a demora na venda dos ingressos na bilheteria no dia do show, a fila aumentava e pessoas demoravam mais de 30 minutos para adquirir os ingressos.
O público como o esperado no Rio de Janeiro, foi razoável, mas pouco para uma banda com o porte do Manowar. No início estava assustado, pois era inacreditavelmente ridículo o público e me senti envergonhado, e esse não era um sentimento só meu, mas dava pra se perceber no rosto dos poucos que estavam no local.
Com uma parte do público ainda chegando, os paulistas do Kings Of Steel entraram no palco e não se intimidaram com o pequeno público. A banda foi fundada em 2000 e inicialmente era para ser uma banda cover do Manowar e depois, começaram a trabalhar em canções próprias e foi justamente isso que ouvimos no show.
A banda é formada por Alex DiArce (Bass), Cleber Krichinak (Vocals), Evandro Moraes (Guitars), Marcelo Petri (Drums) e Carlos Favalli (Keyboard). O Kings Of Steel levantou a galera e aqueceu devidamente o público para os donos da festa. Covers? Sim, mas nenhum do Manowar, o que rolou foi Balls To The Walls do Accept e Rainbow In The Dark do Dio, ambas tocadas de forma excepcional e que contaram com a participação do público de forma efusiva. As músicas autorais da banda também foram muito bem recebidas, mas como não estou familiarizado com elas, não posso dizer com certeza quais que rolaram, mas de qualquer forma, um grande som foi executado, não tenham dúvidas.
O relógio já passava um pouco das 22 horas e a intro do Manowar começava a sair das caixas. A formação da banda que veio ao país não é a mesma que gravou o mais recente álbum, pois Scott Columbus (Drums) devido a vários problemas de caráter particular não está particiando da atual turnê, sendo substituído pelo primeiro baterista do Manowar, Dinnie Hamzik. O resto da banda, todos conhecem, Joey DeMaio (Bass), Eric Adams (Vocals) e Karl Logan (Guitars).
O som estava bem alto e a esta altura o público já estava razoável. Eis que o Manowar sobe ao palco e detonam Hand Of Doom, os cabelos sendo jogados para o alto num frenesi intenso, dava o tom do que viria a ser o espetáculo. Sem perder tempo, Call To The Arms vem em seguida fazendo uma dobradinha do álbum de 2002, Warriors Of The World. A banda com isso já tinha ganhado o público do local.
A cadenciada Die With Honor, que deve estar presente no próximo álbum da banda, vem em seguida e quebra um pouco o ritmo do show, é impressionante ouvir a qualidade do som que a banda consegue no palco. Swords In The Wind é a mais lenta do set e é uma canção emocionante que traz uma grande atuação de Eric Adams. Depois do show de Eric Adams, entra em cena Karl Logan e detona um maravilhoso solo, mesclando velocidade e técnica, Logan levantou a galera e a deixou perplexa com seu talento.
A banda volta ao palco e começam os acordes de Let The Gods Decide presente no EP, Thunder In The Sky e que deverá ser mais uma a aparecer no próximo álbum, mais uma no padrão Manowar, seguida por Die For Metal do álbum Gods Of War (2007) que contou com intensa participação do público “They can't stop us, Let 'em try, For heavy metal, We would die!” – “Eles não podem nos parar, Deixem-os tentar, Pelo Heavy Metal, Nós Vamos Morrer!” Punhos cerrados para o alto e o público em polvorosa agitando, uma cena memorável.
Depois dessa demonstração de paixão ao Heavy Metal, seguiu uma dobradinha do álbum Gods Of War composta da canção que dá título ao álbum, Gods Of War e Sleipnir. Eis que Joey DeMaio fica sozinho no palco e começa a brincar com o público em seu solo, Joey sola como um guitarrista, o som que ele consegue tirar do instrumento é fantástico, todos olhavam meio apalermados ao show.
Ainda meio perplexos com o show de Mr. DeMaio, eis que todos os integrantes voltam e dão início a God Or Man também do single Thunder In The Sky que deverá sair no próximo álbum, onde será contada a história do Deus Nórdico Thor, pesada e empolgante, em seguida mantendo a temática das novas obras do Manowar, Loki God Of Fire, muito bem recebida e cantada por todos.
A faixa título do último EP lançado pela banda, Thunder In The Sky é tocada e mostra que o Manowar está voltando a ter mais peso nas novas composições e que o próximo álbum já soa como matador.
Uma saída rápida e a banda volta para o Bis, a escolha não poderia ter sido mais acertada, a primeira das três canções executadas no bis foi a empolgante e já hino de muitos headbangers, Warriors Of The World (United), todos cantavam e faziam o gesto de segurar o punho, típico do Manowar, depois desse petardo, a pesada House Of Death é executada e o pescoço passou a ter realmente um motivo para doer, fechando o Bis, King Of The Kings do Gods Of War.
No fim, deixaram rolando nas caixas a épica Army Of The Dead. Um show muito acima da média e que agradou ao público, mesmo sem as clássicas.
Na saída, um pequeno grupo gritava “Olé, olê, olê, olé .. Maiden, Maiden !!!” – Isso devido ao fato de que o Manowar teria pisado em uma camisa do Iron Maiden no show de São Paulo e dito que o Maiden não era uma banda True Metal. Uma total falta de conhecimento já que todos sabem que todo show do Manowar tem essa mesma cena e que não só o Iron Maiden, mas várias bandas já sofreram com essa brincadeira.
Mas o que ficou na memória foram duas horas de puro Heavy Metal alto e poderoso. A simpatia da banda com o público mostrava a humildade e respeito com os fãs presentes. A qualidade da banda e principalmente de Dinnie que teve que aprender todas as músicas que Scott Columbus participara das gravações originalmente. O zumbido que ficou por dois dias em meus ouvidos com certeza valeu a pena. Só espero que não demorem tanto tempo para voltarem a tocar aqui, mesmo sem os clássicos.
Hail And Kill !!!
Depois de doze anos sem passar por terras brasileiras, eis que o Manowar agenda três datas em solo nacional. Os primeiros a receberem a Death To Infidels Tour foram os paulistas no dia 07. Dia 08 era o dia dos cariocas e dia 09 era a vez dos mineiros.
Não li as resenhas do show em São Paulo, mas fiquei sabendo por alto que o público não aprovou o set-list e havia ficado decepcionado. O caso é que a banda está com um disco novo e precisa divulgar o trabalho; com isso, não sobrou muito tempo no set para os clássicos que todos queriam ouvir. Mas, se vocês tiverem a paciência de ler até o final da resenha deste humilde ouvinte de Heavy Metal, verão que o show foi muito bom, apesar do set não ser o que mais queríamos ouvir.
O City Bank Hall dispensa apresentações, é uma das casas de show mais conhecidas no Rio de Janeiro e recebe todo o tipo de evento. Um fato que me irritou muito com a organização do local foi a demora na venda dos ingressos na bilheteria no dia do show, a fila aumentava e pessoas demoravam mais de 30 minutos para adquirir os ingressos.
O público como o esperado no Rio de Janeiro, foi razoável, mas pouco para uma banda com o porte do Manowar. No início estava assustado, pois era inacreditavelmente ridículo o público e me senti envergonhado, e esse não era um sentimento só meu, mas dava pra se perceber no rosto dos poucos que estavam no local.
Com uma parte do público ainda chegando, os paulistas do Kings Of Steel entraram no palco e não se intimidaram com o pequeno público. A banda foi fundada em 2000 e inicialmente era para ser uma banda cover do Manowar e depois, começaram a trabalhar em canções próprias e foi justamente isso que ouvimos no show.
A banda é formada por Alex DiArce (Bass), Cleber Krichinak (Vocals), Evandro Moraes (Guitars), Marcelo Petri (Drums) e Carlos Favalli (Keyboard). O Kings Of Steel levantou a galera e aqueceu devidamente o público para os donos da festa. Covers? Sim, mas nenhum do Manowar, o que rolou foi Balls To The Walls do Accept e Rainbow In The Dark do Dio, ambas tocadas de forma excepcional e que contaram com a participação do público de forma efusiva. As músicas autorais da banda também foram muito bem recebidas, mas como não estou familiarizado com elas, não posso dizer com certeza quais que rolaram, mas de qualquer forma, um grande som foi executado, não tenham dúvidas.
O relógio já passava um pouco das 22 horas e a intro do Manowar começava a sair das caixas. A formação da banda que veio ao país não é a mesma que gravou o mais recente álbum, pois Scott Columbus (Drums) devido a vários problemas de caráter particular não está particiando da atual turnê, sendo substituído pelo primeiro baterista do Manowar, Dinnie Hamzik. O resto da banda, todos conhecem, Joey DeMaio (Bass), Eric Adams (Vocals) e Karl Logan (Guitars).
O som estava bem alto e a esta altura o público já estava razoável. Eis que o Manowar sobe ao palco e detonam Hand Of Doom, os cabelos sendo jogados para o alto num frenesi intenso, dava o tom do que viria a ser o espetáculo. Sem perder tempo, Call To The Arms vem em seguida fazendo uma dobradinha do álbum de 2002, Warriors Of The World. A banda com isso já tinha ganhado o público do local.
A cadenciada Die With Honor, que deve estar presente no próximo álbum da banda, vem em seguida e quebra um pouco o ritmo do show, é impressionante ouvir a qualidade do som que a banda consegue no palco. Swords In The Wind é a mais lenta do set e é uma canção emocionante que traz uma grande atuação de Eric Adams. Depois do show de Eric Adams, entra em cena Karl Logan e detona um maravilhoso solo, mesclando velocidade e técnica, Logan levantou a galera e a deixou perplexa com seu talento.
A banda volta ao palco e começam os acordes de Let The Gods Decide presente no EP, Thunder In The Sky e que deverá ser mais uma a aparecer no próximo álbum, mais uma no padrão Manowar, seguida por Die For Metal do álbum Gods Of War (2007) que contou com intensa participação do público “They can't stop us, Let 'em try, For heavy metal, We would die!” – “Eles não podem nos parar, Deixem-os tentar, Pelo Heavy Metal, Nós Vamos Morrer!” Punhos cerrados para o alto e o público em polvorosa agitando, uma cena memorável.
Depois dessa demonstração de paixão ao Heavy Metal, seguiu uma dobradinha do álbum Gods Of War composta da canção que dá título ao álbum, Gods Of War e Sleipnir. Eis que Joey DeMaio fica sozinho no palco e começa a brincar com o público em seu solo, Joey sola como um guitarrista, o som que ele consegue tirar do instrumento é fantástico, todos olhavam meio apalermados ao show.
Ainda meio perplexos com o show de Mr. DeMaio, eis que todos os integrantes voltam e dão início a God Or Man também do single Thunder In The Sky que deverá sair no próximo álbum, onde será contada a história do Deus Nórdico Thor, pesada e empolgante, em seguida mantendo a temática das novas obras do Manowar, Loki God Of Fire, muito bem recebida e cantada por todos.
A faixa título do último EP lançado pela banda, Thunder In The Sky é tocada e mostra que o Manowar está voltando a ter mais peso nas novas composições e que o próximo álbum já soa como matador.
Uma saída rápida e a banda volta para o Bis, a escolha não poderia ter sido mais acertada, a primeira das três canções executadas no bis foi a empolgante e já hino de muitos headbangers, Warriors Of The World (United), todos cantavam e faziam o gesto de segurar o punho, típico do Manowar, depois desse petardo, a pesada House Of Death é executada e o pescoço passou a ter realmente um motivo para doer, fechando o Bis, King Of The Kings do Gods Of War.
No fim, deixaram rolando nas caixas a épica Army Of The Dead. Um show muito acima da média e que agradou ao público, mesmo sem as clássicas.
Na saída, um pequeno grupo gritava “Olé, olê, olê, olé .. Maiden, Maiden !!!” – Isso devido ao fato de que o Manowar teria pisado em uma camisa do Iron Maiden no show de São Paulo e dito que o Maiden não era uma banda True Metal. Uma total falta de conhecimento já que todos sabem que todo show do Manowar tem essa mesma cena e que não só o Iron Maiden, mas várias bandas já sofreram com essa brincadeira.
Mas o que ficou na memória foram duas horas de puro Heavy Metal alto e poderoso. A simpatia da banda com o público mostrava a humildade e respeito com os fãs presentes. A qualidade da banda e principalmente de Dinnie que teve que aprender todas as músicas que Scott Columbus participara das gravações originalmente. O zumbido que ficou por dois dias em meus ouvidos com certeza valeu a pena. Só espero que não demorem tanto tempo para voltarem a tocar aqui, mesmo sem os clássicos.
Hail And Kill !!!
Um comentário:
resenha foda...parece até que estive no show!
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