terça-feira, 4 de outubro de 2011

Rock in Rio - 02/10/2011

Como não podia deixar de ser, fomos acompanhar o último dia da quarta edição do Rock In Rio no Brasil, em uma noite que prometia grandes shows. Como na resenha do dia 25, falarei um pouquinho sobre os principais shows que passaram por lá.

Chegamos ao festival no fim da tarde para curtir as atrações que passariam pelo palco mundo. A programação do último dia fora alterada devido ao sumiço do vocalista do Guns´n´roses Axl Rose. Aí, ressalto uma pequena falha da organização, já que os que chegaram cedo ao festival não foram avisados de tal mudança, ficando um pouco perdidos na ordem e horários dos shows dos palcos Mundo e Sunset.

As 18:50h começavam os trabalhos no palco principal do festival. Tico Santa Cruz comandou o Detonautas Rock Clube e trouxe para o Rock In Rio o melhor da banda, que também conta com CléstonDJ e percussão, Tchello – baixo, Renato Rocha – guitarra, Fábio Brasil – bateria e Philippe – guitarra e vocal de apoio. Com frases de efeito e uma mensagem politizada, os Detonautas fizeram um bom show e agitaram a galera com homenagens a grandes bandas, como Queen, Nirvana e Raul Seixas. A banda também não deixou de tocar seus maiores sucessos que foram muito bem recebidos e cantados em alto e bom som pelo público.

Depois do Detonautas, era a vez de outra banda brazuca subir ao palco. Pitty e sua competente banda, formada por Martin Mendonça – guitarra e vocal de apoio, Joe – baixo e vocal de apoio, Duda Machado – bateria e Brunno Cunha – teclados, levantaram ainda mais a multidão. Num show recheado de sucessos, mesmo aqueles que não são fãs do trabalho da rockeira baiana cantaram e pularam ao som dos seus maiores hits. Um dos pontos altos do show, já no final, foi a homenagem aos recém completados 20 anos do álbum Nevermind do Nirvana, com a banda tocando um pedacinho de Smells Like a Teen Spirit, clássico de uma geração. Mais um show muito bom para encerrar a participação de bandas brasileiras no palco principal do Rock In Rio. Cabe destacar aqui, que, em geral, as bandas nacionais que passaram pelo palco Mundo foram muito bem recebidas e fizeram excelentes shows.

Antes de passarmos para os shows internacionais da noite, por uma mudança no cronograma do festival, os Titãs de Branco Mello – vocal e baixo, Paulo Miklos – vocal e guitarra, Sérgio Britto – vocal, teclado e baixo, Tony Bellotto – guitarra e Mario Fabre – bateria, que já haviam tocado no festival no palco Mundo, subiram ao palco Sunset com a banda portuguesa Xutos e Pontapés formado por Zé Pedro – guitarra ritmo, Kalú – bateria, Tim – baixo e voz, João Cabeleira – guitarra solo e Gui – saxofone. E este foi mais um showzão, mostrando a força e potência do rock nacional. Valeu a pena enfrentar a multidão e chegar ao palco Sunset para acompanhar a apresentação, que contou com hits das duas bandas muito bem tocados.

Agora, já era hora de começarmos a ver as principais atrações da noite. A primeira banda gringa a subir ao palco foi o Evanescence formado por Amy Lee – vocal, piano, teclado, Terry Balsamo – guitarra, Tim McCord – baixo, Will Hunt – bateria e Troy McLawhorn – guitarra.. O show começou quente, a banda mandou logo no início o hit Going Under e agitou o Rock In Rio. Porém, no decorrer do show a grande quantidade de músicas do novo álbum, ainda não lançado, somada a apresentação discreta de Amy Lee e Cia fizeram o show do Evanescence um show morno que só agradou aqueles q vieram exclusivamente para vê-los. Tanto é que no fim do show a platéia já esboçava irritação pedindo a entrada do System of a Down. Os pontos altos deste show foram os sucessos do disco de estréia da banda, Fallen de 2003.

O fim do show do Evanescence foi o êxtase para o grande público que esperava pelo System of a Down. Foi a primeira passagem da banda pelo Brasil e os fãs estavam loucos para assistir o que viria a ser o melhor show da noite. A banda formada por, Daron Malakian – guitarra e vocais, Serj Tankian – vocais, teclados e guitarra, Shavo Odadjian – baixo e John Dolmayan – bateria e percussão, subiu ao palco as 23:20h fazendo os 100.000 presentes pirarem. O SOAD não decepcionou e fez uma apresentação matadora na Cidade do Rock! Com os fãs empolgados do início ao fim do show, recheado de grandes clássicos, a banda deu uma aula de Rock’n’roll e atitude pra ninguém botar defeito. Nem a chuva fina que já começava a cair atrapalhou a curtição da banda e da galera que cantou do início ao fim.

Ao fim do grande show do SOAD, restava ao público esperar. Todos já sabiam que Axl Rose, a estrela da noite, iria atrasar pelo menos 1h para entrar no palco. A chuva, porém, aumentava e o público já dava sinal de cansaço lá pra 1:30h da manhã. Chegou-se até a ouvir algumas vaias de pequenos grupos devido ao grande atraso do Guns’n’Roses e uma boa parcela do público já ia embora da Cidade do Rock sem assití-los. O show, marcado oficialmente para 1:10h só foi começar depois de 2:40h da manhã.

Por fim, para encerrar o festival, eis que surge no palco mundo o Guns’n’Roses, formado por, Axl Rose – Vocal, Dizzy Reed – teclados, Tommy Stinson – Baixo, Chris Pitman – teclados e backing vocal, Richard Fortus – Guitarra, RonBumblefootThal – Guitarra solo, Frank Ferrer – Bateria e DJ Ashba – Guitarra, ainda sob forte chuva. O set divulgado para a imprensa com 35 músicas foi “alterado” para um de apenas 21 em ordem totalmente diferente. Com um Axl Rose visivelmente fora de forma a banda fez uma apresentação burocrática, porém recheada com todos os clássicos que a galera queria ouvir. Foi um show para os fãs matarem as saudades dos grandes sucessos da banda encerrando um grande e excelente festival. Dizer que não valeu à pena assistir ao show, mesmo debaixo de um temporal, seria exagero, mas sem dúvida o grande show da noite foi o do System of a Down.

Pode-se dizer que os shows do dia 02 de outubro fecharam o festival com chave de ouro. O Rio de Janeiro agradece por ter recebido um festival maravilhoso, com grandes estrelas da música mundial fazendo shows memoráveis. Que venha o Rock In Rio 2013!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Metallica – 25/09 – Rock In Rio

Estava devendo essa resenha, então, lá vai!

Depois do show do Slipknot, os 100.000 presentes na Cidade do Rock aguardavam apenas a banda americana entrar no palco. Com um pouquinho de atraso, pouco depois de 1h da manhã, eis que começa a soar a introdução The Ecstasy of Gold para euforia geral do Rock In Rio!

O show começou a todo vapor com Creeping Death, clássico do álbum Ride the Lightning seguida de outro clássico For Whom the Bell Tolls já mostrando que a banda formada por, James Hetfield – vocal e guitarra, Lars Ulrich – bateria, Kirk Hammett – guitarra e Robert Trujillo – baixo, não veio ao Rio de Janeiro para fazer feio.

Com o público muito empolgado a banda emenda com mais um grande sucesso: Fuel, do álbum Reload, com direito a labaredas de fogo subindo de todos os lados no palco aquecendo ainda mais a multidão de fãs. E pra quem achava que as músicas antigas seriam esquecidas, vieram Ride The Lightning e Fade to Black. Se o show terminasse ai já teria valido a pena!

Mas ainda havia muito mais do Metallica pela frente. Antes de continuar, James Hetfield agradeceu ao público e ao festival por poder estar tocando no Rock In Rio com bandas tão boas, citando, principalmente, o Motörhead de Lemmy Kilmister. As próximas músicas foram Cyanide e All nightmare long, do último CD Death Magnetic muito bem recebidas pelo público, por sinal. Depois, mais clássicos: Sad But True e Welcome Home (Sanitarium) mostraram que o Metallica está em sua melhor forma, tocando muito e com muita energia.

Depois foi a vez de uma dobradinha de tirar o fôlego: a excelente instrumental Orion abriu caminho para um dos maiores sucessos do Metallica: One. Com fogos de artifício e bombas estourando no palco a música foi cantada do início ao fim por todos os presentes emocionando a Cidade do Rock. Para dar ainda mais emoção ao show, fãs entregaram uma enorme bandeira a James Hetfield que fez um homenagem ao baixista Cliff Burton que faleceu em 1986.

Depois, mais um grande clássico do metal mundial foi tocado. Master of Puppets fez a galera enlouquecer e foi seguida por mais uma canção matadora, Blackened. Depois, foi a vez de Robert Trujillo fazer seu solo de baixo, fazendo a cidade do rock literalmente tremer, emendado pelo solo de guitarra de Kirk Hammet que mostrou toda sua competência tocando trechos de músicas brasileiras.

Em seguida, viria a música mais cantada da noite: Nothing Else Matters. A balada foi um dos pontos mais altos do show e contou com um belo coro da platéia. Pra fechar a primeira parte do show, nada mais nada menos que Enter Sandman para tirar a galera do chão.

O Metallica sai do palco e, sem nenhum sinal de cansaço, o público pede bis. E eles voltam com um cover do Diamond Head, Am I evil?, muito bem recebido pela galera. Pra quem ainda queria clássicos, a banda emendou com Whiplash fazendo os fãs irem ao delírio outra vez. A banda anuncia o fim do show outra vez, e o público, ainda enloquecido, pede Seek and Destroy sem parar e é atendido. O clássico do primeiro álbum da banda fecha com chave de ouro o dia do metal do Rock In Rio 2011.

Em um show sensacional o Metallica comandou com muita competência uma multidão de fãs enlouquecidos na Cidade do Rock mostrando porque tem uma legião de fãs no mundo todo. Uma noite memorável que foi fechada com chave de ouro.