Infelizmente certas bandas não tocam no Rio de Janeiro, não por culpa delas eu espero, mas pelos produtores e porque não também do pequeno público que eles recebem aqui, tornando inviável a realização de um show.
Partindo deste conceito fomos a nossa vizinha São Paulo para poder ver e ouvir uma das bandas mais cativantes e importantes da história do Hard e Heavy. Estamos falando do Twisted Sister.
A banda formada na década de 70 realiza seu primeiro show em terras brasileiras somente agora em 2009, o local escolhido foi o Via Funchal, casa de grande nome
Chegando um pouco mais cedo do que a abertura da casa, a fila já era extensa. Representantes de várias tribos se mostravam presentes, posers, trashers, bangers, punks, e todos com o único intuito de apreciar o show. Com precisão a casa abriu no horário indicado na propaganda do evento (20:00 hs).
No flyer era descrito que além do Twisted Sister teríamos uma atração especial. Alguns circuitos de mídia já a haviam anunciado, mas muitos dos presentes não sabiam que o Massacration abriria a noite.
A aproximadamente 21:30 a banda carioca Massacration foi anunciada como a maior banda de metal do mundo e adentra ao palco mesclando músicas dos seus dois álbuns, Gates Of Metal Fried Chicken Of Death e do recente Good Blood Headbangers.
Usando um visual que nos remete as bandas glams, o Massacration soube realizar bem o seu papel, fosse brincando com a platéia ou simplesmente tocando o seu som. Detonator (Vocals), Blondie Hammet (Guitars), Headmaster (Guitars), Metal Avenger (Bass) e Jimmy Hammer (Drums), levantaram a galera.
Uma das piadas do grupo que tiraram gargalhadas gerais foi quando Detonator disse que a banda faria um set pequeno devido a turnê japonesa que iniciariam e que as pessoas ficassem após o show da banda para apoiar os meninos que estavam começando agora, pois eles eram muito legais.
Trabalho concluído e por volta das 22:20, começa o esperado show, o Twisted Sister entra no palco com sua formação clássica: Dee Snider (Vocals), Jay Jay French (Guitars), Eddie “Fingers” Ojeda (Guitars), Mark Mendoza (Bass) e A. J. Pero (Drums).
A primeira a ser executada foi What You Don’t Know, Snider se mostra um verdadeiro insano desde a primeira música e agita sem parar sua cabeleira aloirada. O set segue com The Kids Are Back e Stay Hungry, nem preciso comentar a reação positiva do público a esses clássicos da banda. Todos agitavam e cantavam cada frase.
Algumas palavras de Snider e o que se segue é a primeira parte da música Horror-Teria intitulada Captain Howdy, seguindo com Shoot ‘
Apesar da boa estrutura da casa, o calor e a sensação de abafado estava demais e muitas pessoas iam saindo ou eram retiradas do meio do público passando mal, uma pena, pois muitos não conseguiram ver a execução de The Fire Still Burns e de mais um clássico, a grande You Can’t Stop Rock ‘n’ Roll.
Era de impressionar a empolgação desses coroas no palco, Snider ainda não parava um minuto sequer, A. J. se mostrou um monstro na batera ao vivo, as porradas que Mark dava em seu baixo era de se assustar assim como a agilidade dos dedos de Eddie e Jay Jay.
O set segue com 30, uma música que entrou na nova edição de Stay Hungry e que pouco é executada ao vivo, uma grata surpresa. Para fechar o set regular, mais uma trinca de clássicos da banda começando por The Price, passando por Burn in Hell e fechando magistralmente com I Wanna Rock, o show podia ter terminado por aí, todos já se encontravam extasiados, mas todo grande show de toda grande banda tem de haver um bis.
Uma gravação começa a sair dos PA’s, “Twisted Sister – Come Out And Play ... Twisted Sister – Come Out And Play”, obviamente o grande público seguiu gritando esta frase aguardando o retorno da banda que logicamente não decepcionou, voltaram e mandaram Come Out And Play, Under The Blade e S.M.F.
Com certeza um belíssimo show, empolgante e contagiante do início ao fim. A banda não precisou de fogos nem de explosões, ela simplesmente chegou e fez o que sabe fazer de melhor. Quem não foi, sinto dizer que lamento muito, pois perdeu um grande show.
Apesar de estar anunciada como a última apresentação da banda com a indumentária habitual, Snider pediu para que os fãs pressionassem os produtores a trazê-los de volta ao país. Só nos resta esperar por mais um grande espetáculo.
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