Thrash que te quero Thrash. Lançado em 2008 Legions Of Violence poderia ter sido um dos álbuns lançados na década de 80 que mobilizaria os headbangers da Bay Area de São Francisco.
O álbum é simlesmente um louvor ao Thrash, o trabalho feito por Rogério Avlis (Vocals / Guitars),Daemon Ross (Guitars), Amaury Garcia (Bass) e Gabriel Fantezza (Drums), apesar de ter influências explícitas ao estilo citado o álbum soa atual não sendo uma mera cópia de bandas antigas.
A capa traz de volta aquele estilo orgânico das capas da década de 80, deixando os fãs como eu muito entusiasmados, já que vivemos a algum tempo na era do "faço qualquer coisa com o Photoshop". A capa foi feita por Celso Mathias e traz um personagem na capa que a meu ver é uma homenagem a alguns heróis do Thrash, o cara se parece com o Chuck Billy (Testament), usa uma camisa do Exodus e usa o clássico pingente em forma de lâmina de barbear usado por Dimebag Darrel (Pantera). Se foi proposital eu não sei mas está tudo lá.
O interior do encarte é simples e funcional contendo as letras das músicas, agradecimentos e fotos dos membros da banda. Outra coisa que chama a atenção são as letras com temas relacionados a violência e a insanidade perpetuadas na sociedade atual.
O álbum possui 11 músicas e aproximadamente 47 minutos do mais tradicional Thrash Metal. Por residirem no Rio de Janeiro, mais precisamente na Ilha do Governador dentro da Baía de Guanabara, criou-se inclusive uma brincadeira dizendo que a banda praticava o Thrash Metal da Guanabara Bay Area (alusão a área que fica em torno da Baía de São Francisco de onde saíram as maiores bandas de Thrash dos USA na década de 80).
Vamos ao som. Overture abre o álbum e é uma pequena introdução instrumental com pouco mais de um minuto que já deixa o ouvinte ansioso. Sem tempo para respirar, When Insanity Calls é iniciada, é hora de bangear, nomes como Metallica e Testament vem à cabeça devido ao estilo dos vocais de Rogério, os riffs são marcantes e a pegada da batera é matadora.
Lying Prophets é um Thrash clássico com muita atitude e pegada, Agony Within tem algo que me lembrou os alemães do Kreator, som matador assim como a seguinte Empty Life.
Risen From Hell é uma música que levanta até defuntos em um show, solo memorável, as músicas têm um intervalo muito curto para não dizer inexistente entre elas, o ouvinte não tem tempo para respirar e o bicho volta a pegar com Paradigmatic Reality mais uma que funciona bem ao vivo.
Evilution como diria meu amigo Luis Fernando é “Linndaaaa” porradaria sonora grandiosa, Nameless é a seguinte e é uma faixa instrumental com peso e atitude, apesar de técnica não soa chata e irritante como outras bandas por aí.
Na reta final temos The Game (Is Violence), se seu pescoço estiver ainda inteiro até aqui meu amigo você merece um prêmio, o refrão é contagiante e dá vontade de cantá-lo/gritá-lo até a garganta arder, fechando o álbum temos Legacy Of Ashes que se inicia com uma sirene de ataque aéreo que logo cessa para a banda detonar de novo. Este é o fim do registro a não ser que você coloque no Repeat.
Falar de cada músico separadamente é uma tarefa meio ingrata já que todos possuem um histórico respeitoso no underground carioca e não deixam a bola cair neste registro, riffs, solos, cozinha rítmica, peso e impostação vocal soberbos, se você curte o peso e melodia do Thrash Metal clássico fica aqui a minha dica de aquisição deste álbum.
Um comentário:
Encontrei a banda do meu amigo Rogério da Ilha. excelente. lembrou os bons tempos. era Biblia Negra nos anos 80.
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