quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Show, Imago Mortis - 30-01-2011 (RJ)

Criada em 1995, a banda Imago Mortis oriunda do Rio de Janeiro alcançou certa notoriedade no cenário nacional com o lançamento dos álbuns Images From The Shady Gallery (1998), Vida: The Play Of Change (2002) e Transcendental (2006).


A banda que a quatro anos não se apresentava na cidade do Rio de Janeiro e que a dois anos não tinha nenhum tipo de atividade voltou aos palcos no dia 30 de janeiro de 2010 no Teatro Odisséia.

A casa que outrora era um berço apenas para artistas de Samba e Choro têm abrigado ultimamente shows de variadas vertentes do Rock / Heavy Metal. Artistas nacionais como Aquaria e Andre Matos e internacionais como Crashdiet e Municipal Waste já deram o ar da graça no palco.

Na abertura da casa os presentes foram brindados com boa música rolando nos alto falantes da casa, várias vertentes de Rock/Metal foram lembradas e curtidas pelos que ali estavam.

Em determinado horário é apresentado um DJ que fez um set no mínimo inusitado. Tocando música eletrônica, o público foi educado, apesar de a maioria achar estranho a presença do cidadão ali. Para animar um pouco, quase no fim do set Daemon Ross (Guitars) subiu ao palco e começou a solar algumas notas acompanhado da batida eletrônica, mostrando que além de ser um grande músico também é um grande improvisador.

Retirada a aparelhagem do palco, eis que começa a ser preparada a entrada do Imago Mortis. Um DVD com imagens do álbum Vida:The Play Of Change que seria executado na íntegra e depoimentos de alguns nomes importantes na cena Metal nacional e antigos membros da banda comentando sobre este trabalho.

Imago Mortis


Antes de começarmos a falar da apresentação, vamos explicar rapidamente o conceito deste trabalho: o álbum Vida:The Play Of Change conta a história de um doente terminal que possui um vírus chamado Vida.


A história é densa e emotiva passando por nuances musicais únicas prendendo o ouvinte e fazendo-o compartilhar a história do protagonista. Não iremos nos aprofundar mais para deixar que o leitor ouça, sinta e tire suas próprias conclusões e interpretações.




Alex Voorhess (Vocals)


A banda composta por Alex Voorhess (Vocals), Rafael Rassan (Guitars), Marcelo Val (Bass), Marcos Ceia (Keyboards), André Delacroix (Drums) subiu ao palco com a participação do ilustríssimo Daemon Ross no lugar de Rafael Rassan.


A apresentação começou com Long River, seguindo obviamente a ordem do álbum, seguida por Central Hospital e Three Parchae, cadenciadas unindo peso e melodia como todo Doom Metal deve ser.


O clima esquentou com Pain que foi explicada pelo vocalista Alex antes de sua execução. A música trata do vício adquirido pelo doente, a Endorfina, para diminuir as dores do vírus Vida. As vocalizações soturnas de Alex dão lugar a guturais insanos fazendo a galera balançar a cabeça.


Seguindo a proposta do show, foi executada Envy, Me And God, que contou com a entrada de Rafael Rassan no palco unindo forças com Daemon Ross nas guitarras.



Rafael Rassan (Guitars)

A interpretação de Alex nas músicas é algo único e que prende o espectador, The Silent King.Imsomnia, Terminal Christ, Unchained Prometheus, foram executadas com maestria pelos músicos.


O entusiasmo da banda só não foi maior devido as limitações físicas do pequeno palco, fazendo com que houvessem alguns esbarrões entre os músicos.


Na última faixa deste marco, Saudade, fotos de diversos músicos são passadas no telão, a um som de uma melodia melancólica. Imagens de ídolos como Elvis Presley, Elis Regina, Dimebag Darrel. Cliff Burton, Dio, Michael Jackson além de músicos do underground e pessoas queridas da banda, uma demonstração de carinho, respeito e representativa do que o Rock deve ser: FAMÍLIA.


E essa é a palavra que definiu o show do Imago Mortis: FAMÍLIA. Verdadeiros fãs que entoavam as canções da banda, amigos, casais, hard rockers, headbangers, thrashers, black metallers, góticos, todos dando apoio a banda em um clima de irmandade, relembrando os tempos áureos do metal carioca.

Marcelo Val (Bass)

A banda volta ao palco e começa o bis com Bring Out Your Dead do álbum Transcendental de 2006. Uma homenagem ao grande mestre Ronnie James Dio é feita com a execução de Don't Talk To Strangers, cantada em uníssono pelos presentes. A última da noite foi Sangue e Dor também lançada em 2006 presente no álbum Transcendental.

Um bom show, a volta de uma grande banda que fez com que muitos amigos se revissem. Parabéns ao público e a banda e também para o DJ que teve a coragem de enfrentar o público presente e que provavelmente se surpreendeu com o mesmo. Esperamos rever a todos em breve. \m/.

2 comentários:

Frasão disse...

Resumiu bem o que foi a apresentação do Imago. Ótima resenha!!!

Parabéns ao blog!!!

Anônimo disse...

Prezados
Já tive o prazer e a honra de dividir o palco com os amigos do IMAGO MORTIS. Os acompanho desde o primeiro CD.
Creio que a resenha do show foi justa. Fico feliz de ter visto esta apresentação. O cd VIDA, que adquiri logo assim que fora lançado, é uma obra de arte.
IMAGO MORTIS é uma banda que nunca deveria ter parado. Banda liderada pelo meu grande amigo Alex Voorhees, fez um retorno magistral ao palcos. Todo o line up da banda foi sensacional. O mestre da André Delacroix tocando a sua bateria com a mesma intensidade e precisão de sempre. "VIDA" longa ao IMAGO!!!

ANTONIO (SAVANT)