quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Entrevista Paulo Schroeber (Janeiro - 2011)





Paulo Schroeber nasceu em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, em 18 de agosto de 1973. Aos 18 anos resolveu elevar a música a um patamar mais alto e decidiu estudar violão clássico. Aos poucos Paulo foi conhecendo o trabalho de guitarristas virtuosos e optou a estudar guitarra sozinho, hoje, depois de ter passado por algumas bandas do underground, Paulo Schroeber se destaca no cenário nacional através dos trabalhos com as bandas Naja, Astafix, Almah.


Paulo, o seu envolvimento com a música veio desde muito cedo em sua vida. Como ocorreu seu primeiro contato com a música? O que o levou a tocar Heavy Metal?

Foi uma situação até meio engraçada. Meu pai ouvia muito música alemã, e um namorado na época, de minha irmã havia deixado o Restless and Wild do Accept no toca discos, e coloquei para tocar, isso fazem 22 anos atrás, hahaha...levei um puta susto, pois o disco começa com uma música alemã, depois há barulhos do disco riscando e depois vem a pancadaria...foi como um tapa na cara, fiquei de queixo caído, pois depois disso nunca mais parei de ouvir metal, e esse disco, especialmente é um dos meus preferidos até hoje.
O que te levou a optar a ser um músico profissional? Quais suas influências no campo da música?

Apenas minha paixão pela música e mais nada. Minhas principais influências são Tony Iommi e Jason Becker, além de alguns guitarristas de fusion, como Allan Holdsworth.


Muitos músicos sempre comentam que para ser um bom guitarrista, você deve começar a praticar primeiro com um violão. Você realmente acha que é um caminho mais natural ou pode-se ir diretamente para a guitarra?

Particurlamente eu comecei estudando violão clássico, tocando peças de Bach e Villa Lobos, e isso se reflete na minha técnica e postura de mão esquerda até hoje, mas pode-se sem problemas começar primeiro estudando guitarra.

Pelo que consta em seu Myspace, http://www.myspace.com/pauloschroeber , sua primeira banda foi a Fear Ritual. O que aconteceu com a banda? Como foi a repercussão deste trabalho?

A banda infelizmente acabou, pelo desgaste dos músicos e problemas pessoais. Mas eu e Alessandro Amorin estamos já nos reunindo para fazer um trabalho diferenciado em cima das músicas da antiga Fear Ritual.

Você também teve passagem pelas bandas Burning In Hell e Predator que tem estilos bem diferentes de sonoridade. Qual o estilo preferido que você gosta de tocar e como concilia estes diferentes estilos?

Gosto muito do som agressivo e pesado, e o legal é que no Almah pude contribuir nesse quesito, colocando um pouco da minha personalidade nas músicas. Me considero um cara versátil, e acho que não tenho problemas em direcionar meus trabalhos para caminhos diferentes.

Em sua opinião, qual a importância da diversidade sonora para um profissional da música?

De importância fundamental para um profissional que queira viver de música, pois hoje em já não é fácil viver de música, e as coisas podem piorar ainda mais se a abrangência musical da pessoa for pequena.


Qual a sua rotina de estudo do instrumento e quais suas inspirações para compor?

Hoje em dia estudo de quatro a seis horas por dia, mas estou 24 horas sempre conectado com música, pois dou algumas aulas, trabalho com algumas produções, etc.


Na realidade a inspiração surge naturalmente, não penso em nada específico na hora de compor, as coisas fluem de forma natural e espontânea.


Paulo, um de seus trabalhos de maior renome foi com a banda Naja, nos conte mais sobre esta banda. Pelo que andei lendo vocês chegaram a ganhar alguns prêmios com ela.

Sim, é verdade. Foi um período divertido, pois o som era mais simples, com uma vocalista menina e letras em português. Fizemos muitos shows aqui no RS, tivemos uma boa projeção por aqui, gravamos um cd e um DVD ao vivo. Mas pensando bem hoje em dia já estou um pouco “tiozão” para fazer esse tipo de música...hahaha!!!!



Como foi sua incursão na banda Almah? Qual o saldo da turnê do álbum Fragile Equality?

Foi através de uma indicação de Marcelo Moreira, pois fiz um teste antes de entrar no Almah. Fizemos algumas pré produções na casa do Edu, que logo mostrou ao resto do pessoal, e foi decidido que eu entraria na banda logo após. O saldo da turnê foi muito positivo, como experiência pessoal, e espero logo estar saindo para uma segunda turnê do nosso futuro terceiro álbum.


Como é o clima da banda e a convivência com os outros integrantes? Existe algum fato engraçado que você possa nos contar desta turnê?

É um clima, na medida do possível tranquilo. Na realidade, depois da volta do Angra e a parada do Almah tenho falado mais com o Felipe, que vai gravar os baixos de meu disco instrumental. Aconteceu muita coisa engraçada, mas a coisa mais hilária foi o churrasco que a gente fez na casa de Barbosa em Brasília, em que a picanha, além de estar estupidamente salgada, culpa de Marcelo Moreira, foi transportada até a churrasqueira em um balde de lavar chão que a gente achou atrás da porta do apartamento, huahuahua!!!

Outra banda que você participa e está ganhando mais espaço agora é a Astafix. Como foi sua entrada na banda? Como está sendo a divulgação do trabalho e a receptividade do público?

Está sendo fantástica!!!Já gravamos mais um clipe da música Desordem e Retrocesso, que está tendo um excelente retorno, e acabamos de finalizar o dvd “Astafix Ao vivo em SP”. O Wally me conheceu através do produtor Brendan Duffey, do Norcal Studios, e foi me ver tocar em um show do Almah em Santo André. Logo após estávamos em um bar tomando algumas cervejas e ele me convidou para entrar na banda, que logo de cara aceitei na hora, pois curto um som mais agressivo e pesado.

Paulo, sendo um músico que está na cena a um bom tempo, como você vê o a indústria fonográfica atual? O que acha sobre a transmissão dos arquivos MP3?

Acho que está tudo muito complicado. Se por um lado é muito mais fácil acessar as músicas e os artistas que a pessoa mais gosta, por outro está praticamente impossível uma banda de médio, pequeno porte assinar um contrato com alguma gravadora. Mas isso não me incomoda nem um pouco, pois por outro lado, existe a liberdade que a internet proporciona para divulgar o trabalho de todos os músicos, que sem sobra de dúvida se tornou a maior ferramenta de divulgação da atualidade.

No Brasil temos muitos fãs de Rock/Metal na sua opinião o que falta para que esta cena se torne algo digna?

Que existe público existe, mas ainda acho que ainda falta e muito o público comparecer a shows de pequeno, médio porte.


Seu mais novo projeto chama-se Hammer 67 o que nos pode adiantar sobre esta banda?

É um som muito pesado, com maior ênfase nos arranjos das músicas, pois não quis complicar muito as coisas. Tem muita influência de bandas de Metal Industrial, já temos um clipe gravado da música “1984” e um cd, “Mental Illnes”. Quem quiser curtir as músicas e o clipe além de maiores informações visite nosso Myspace, www.myspace.com/hr67.

Alguma data para o lançamento? Turnê?

O cd já foi lançado, e já fizemos alguns shows aqui pelo Sul.

Estamos trabalhando atualmente na divulgação da banda, e logo estaremos fazendo alguns shows pelo centro do país.


Existe algum músico que você gostaria de trabalhar?

Convidei um baterista fantástico para gravar meu cd, chamado Rodrigo Zorzi, e o baixista Felipe Andreoli.

No momento como estou finalizando meu cd, ainda não pensei com quem quero trabalhar no próximo projeto.


Quais seus projetos futuros?

Atualmente estou finalizando meu cd intrumental, minha video aula, e estou trabalhando no novo disco do Astafix, e o da Hammer 67. Logo estaremos nos reunindo para compor o terceiro disco do Almah, então tenho bastante coisa pela frente!!!

Paulo, obrigado pela oportunidade da entrevista. Fique a vontade para mandar um recado aos seus fãs.

Gostaria de agradecer a Riometal pela oportunidade a todas as pessoas que gostam de meu trabalho e me ajudam de alguma forma.

3 comentários:

Fernanda Schenker disse...

Mais uma otima entrevista, parabéns!

Daemon disse...

ae man, mandando bem! de novo! parabens pela entrevista!

Frasão disse...

Mais uma ótima entrevista. Abração, Pedro.